segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Desmatamento na Amazônia cai anualmente. Será?





Saiu em alguns veículos de comunicação, que o desmate da Amazônia estaria menor, diminuindo ano a ano. Contudo, esse dado é no mínimo contestável. Você sabe o que o governo considera desmate? Não? É simples. Nos dados oficiais que nos são divulgados, só são vistos como desmate as queimadas. Isso mesmo, somente as queimadas entram nessa estatística de “diminuição do desmatamento”. Isso estaria correto? A meu ver não.
Ao considerarmos somente as queimadas como uma problemática a ser combatida na região deixamos de considerar simplesmente a questão que engloba o corte ilegal das árvores para servir indústrias moveleiras ou pequenas usinas para obtenção de carvão. Sabe-se que hoje, há uma nova estratégia de corte de árvores para a região, onde faz-se o chamado “corte seletivo”. Esse plano engloba a seleção das melhores espécies que atendem a necessidade e o não corte das árvores mais altas. Assim, a copa dessas árvores acaba por maquiar a região, sendo o desmatamento de difícil detecção.
Em dados oficiosos, diz-se que na atualidade, esse tipo de corte desmata a floresta mais do que as queimadas, sendo que não são considerados nos dados do governo.
Aqui está então uma nova questão para enfrentarmos. Como os nossos candidatos a presidente pretendem lhe dar com essa questão? A diminuição de uma variável não implica com a redução absoluta de todo um sistema integrado de desmatamento. Pelo visto, o atual governo ainda não percebeu isso.
Outra questão que devemos considerar é o que a professora Bertha Becker chama a atenção. Segundo ela, a floresta em pé daria muito mais retorno ao desenvolvimento nacional e da região do que as derrubadas e queimadas, mas para isso, seria necessário uma logística própria para a Amazônia.
Fica assim outra questão a pensarmos bem nessa época de eleição. O que nossos candidatos tem em mente sobre essas questões?

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